Por que você deve sempre dizer sim quando seus filhos pedirem para ajudar em casa

13/07/25
Não basta ensinar virtudes e
habilidades, é preciso dar oportunidade para que as crianças possam praticá-las
Como personal
trainer, conduzi exercícios de grupos de estilo bootcamp, que é inspirado nos treinos
militares. Recentemente assumi as aulas de outro treinador que se mudou para a
Califórnia.
A turma treina em um lugar fantástico, perto dos
principais cruzamentos, com muito espaço e muita sombra. E o horário – meio-dia
– é excepcionalmente atraente para pessoas que gostam de malhar na hora do
almoço ou que trabalham em casa. Vai ser um ótimo complemento para a minha
agenda durante o ano letivo. Mas por causa de algumas mudanças na rotina, ontem
eu tive que levar meus filhos de 10, 8 e 6 anos comigo para a aula.
Embora eu incentive os alunos a levarem os filhos
com eles e sempre forneçam giz para eles brincarem na calçada, levar meus
próprios filhos pareceu uma brecha de profissionalismo. No entanto, não tive
escolha. Então, fiz as mochilas, certifiquei-me de que eles tinham aparelhos
totalmente carregados e fui para a aula.
Quando cheguei lá, instrui as crianças a ficarem
quietas enquanto eu me dirigia pelo estacionamento para arrumar meu
equipamento. Mas meu filho Liam perguntou se ele poderia ajudar a colocar os
cones para fora. Eu hesitei, sem saber se ele seria capaz de colocá-los em uma
linha reta, uniformemente espaçada. Mas eu estava com pouco tempo, então
concordei. Então, minha filha, Charlotte, perguntou se podia colocar as caixas
de agility e eu
hesitei um pouco mais – afinal, as caixas precisam ser espaçadas perfeitamente
e colocadas de modo a manter o fluxo de trânsito o mais suave possível. Mas ela
parecia tão ansiosa que eu aceitei, mostrei a eles onde eu queria tudo, e fui
com a minha filha de 6 anos para o pavilhão para arrumar minha mesa.
Meu filho de 6 anos, ansioso para ajudar como seus
irmãos, começou a tirar objetos de um balde para levá-los à mesa. “Não, amigo,
aqueles ficam no balde e a coisa toda vai debaixo da mesa”, eu disse
apressadamente. Ele ficou decepcionado.
“Mas, mãe, não há nada que eu possa ajudar?”,
implorou, com seus grandes olhos azuis arregalados. Eu hesitei novamente, sem
saber se deveria ou não deixá-lo carregar os halteres mais leves. Mas eu disse
a ele que ele poderia tentar – e para minha surpresa, ele foi capaz de carregar
metade dos halteres para a mesa com facilidade.
Rapidamente, eu descarreguei e coloquei tudo o que
tinha no carro antes de retornar ao estacionamento para verificar os cones e
caixas de agilidade. Para minha surpresa, meus filhos os colocaram exatamente
como eu instrui, e tudo estava perfeitamente alinhado. Para ser honesta, eles
fizeram um trabalho melhor do que eu! Eles estavam praticamente explodindo de
orgulho e perguntavam avidamente se havia mais alguma coisa que pudessem fazer.
Depois de alguns segundos, Charlotte disse
calmamente: “Mãe, você poderia mover os cones para o meio, em vez de para o
lado, e depois colocar as outras caixas onde estão os cones. Isso lhe daria
espaço suficiente para o dobro de pessoas.
Eu olhei para o estacionamento e depois para
Charlotte, um pouco atordoada. Ela estava certa. Foi uma solução tão simples –
não só duplicou o número de estações, como também tornou o espaço entre os
cones e caixas mais apropriado para o trabalho de agilidade. E foi uma solução
que eu nunca teria pensado.
“Você está certa, Charlotte!”, disse eu. Mas antes
que eu pudesse terminar a frase, meus três filhos tinham corrido para o
estacionamento e estavam ocupados reorganizando tudo exatamente como Charlotte
havia imaginado.
Ontem à noite, eu não conseguia parar de pensar
sobre a inesperada utilidade, criatividade e habilidades para resolver
problemas que meus filhos tinham demonstrado. Eu não sabia que eles eram
capazes de nada disso – e se eu não os deixasse ajudar, eu ainda não saberia.
Como pais, passamos muito tempo tentando ensinar
aos nossos filhos muitas habilidades e virtudes. Fazer o contrário –
dando-lhes oportunidades de usar essas habilidades e exibir essas virtudes –
não é algo em que a maioria de nós pensa. Mas deveria. Não importa a
pressa em que estamos, nunca devemos recusar a oferta de uma criança para
ajudar. Não importa que eles levem o dobro do tempo ou que não façam a tarefa
perfeitamente. O importante, como sempre, é o que estamos ensinando a eles. Se
dissermos aos nossos filhos o quanto é importante a virtude, mas recusarmos
todas as oportunidades de deixá-los práticas-la, estaremos solapando nossas
próprias palavras. Mais do que isso: estaremos prejudicando a formação de
nossas crianças.
Então deixe seus filhos ajudarem com qualquer coisa
e em tudo. Dê a eles a oportunidade de viver do jeito que você está dizendo, e
você pode se surpreender com a capacidade que eles têm.
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