Catequistas poderão realizar pequenos exorcismos
15/08/25
Em carta publicada em 13 de dezembro de
2021, a Santa Sé esclareceu as linhas gerais do novo ministério leigo de
catequista, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2022. Os futuros
catequistas poderão, assim, realizar, por exemplo, pequenos exorcismos.
Em 13 de dezembro de 2022, Roma publicou um rito de
instituição para o ministério de catequista, com previsão de entrada em vigor
em 1º de janeiro. Este ministério de catequista será conferido pelo bispo
diocesano, ou por um sacerdote por ele delegado, durante a Missa ou durante uma
celebração da Palavra de Deus. A estrutura do rito prevê — após a Liturgia da
Palavra — uma exortação, um convite à oração, um texto de bênção e a
apresentação de um crucifixo.
Em carta anexada ao decreto, o Prefeito da
Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Dom Roche,
esclarece que cabe ao bispo diocesano discernir o chamado ao ministério de
catequista, avaliando as necessidades da comunidade e as habilidades dos
candidatos. Homens e mulheres que tenham recebido os sacramentos da iniciação cristã (batismo,
crisma, eucaristia) e que tenham apresentado ao bispo diocesano um pedido,
escrito e assinado livremente, podem ser admitidos entre os candidatos.
"Nem todos aqueles que preparam crianças, jovens e adultos para a
iniciação devem ser nomeados catequistas", alerta o documento.
Para serem instituídos, os candidatos "devem
ter experiência prévia e madura em catequese", afirma a carta. É
importante que tenham, em particular, fé profunda, maturidade humana e
verdadeiro entusiasmo apostólico. A carta dá ênfase especial à participação
ativa dos catequistas instituídos "nos ritos de iniciação cristã dos
adultos". Além disso, o documento do Bispo Roche explica que o bispo pode
confiar a celebração de exorcismos menores a "catequistas verdadeiramente
dignos e bem preparados".
Durante o catecumenato — período em que um adulto
que deseja se tornar cristão é acompanhado aos sacramentos da iniciação —,
pequenos exorcismos são realizados para libertar o catecúmeno de diversas
manifestações do mal e torná-lo receptivo à Palavra de Deus. A partir de então,
um catequista leigo particularmente envolvido no acompanhamento de catecúmenos
poderá ser encarregado da celebração desses exorcismos.
Não
é um substituto para o padre
Mas a missão do catequista instituído não se
limitará à proclamação e ao ensino. Sob a orientação dos párocos, ele poderá
desempenhar "muitas funções". Ele cita, por exemplo, a liderança da
oração comunitária, "em particular da liturgia dominical na ausência do
padre ou diácono", ou a direção das celebrações fúnebres.