Alcançar a “familiaridade” com Deus: o conselho do Papa Leão
14/08/25
Assim como Jesus nos ensinou a chamar Deus de Pai, podemos dizer que a familiaridade com Deus é uma vocação. Maria a viveu melhor.
Não há nada mais repousante do que estar com
aqueles com quem compartilhamos "familiaridade". Essa amizade
descontraída ou intimidade entre as pessoas, como o dicionário a define, é a
qualidade que permite que amantes ou familiares se sintam confortáveis no
silêncio e vivam sem precisar mascarar nossas fraquezas ou necessidades.
Gostaria de vos exortar a dirigir constantemente as
vossas orações à Virgem Maria, seguindo o seu exemplo na plena aceitação da
vocação à “familiaridade” com Deus e à solicitude por cada ser humano.
O Santo Padre também rezou: "Por sua
intercessão, que vocês sejam fortalecidos em suas fraquezas, consolados em suas
provações e recebam a alegria e a paz de Jesus Cristo, seu Filho."
Familiaridade
com Deus e Filiação Divina
A vocação à "familiaridade" com Deus é,
em certo sentido, outra maneira de descrever a "filiação divina" — a
profunda consciência à qual Jesus nos chama, de reconhecer Deus como Abba, Pai.
Alguns santos tiveram o carisma de destacar
especialmente essa relação.
Por exemplo, São Josemaría Escrivá escreveu:
Descanse na filiação divina. Deus é um Pai — o seu
Pai! — cheio de calor e amor infinito. Chame-o de Pai com frequência e
diga-lhe, quando estiver sozinho, que o ama, que o ama muito!, e que se sente
orgulhoso e forte por ser seu filho.
E São João Paulo II refletiu sobre a experiência de
Santa Teresa:
No cume, como fonte e meta, está o amor
misericordioso das três Pessoas Divinas, como ela o expressa, especialmente em
seu Ato de Oblação ao Amor Misericordioso.
Na raiz, por parte do sujeito, está a experiência
de ser filhos adotivos do Pai em Jesus; este é o significado mais autêntico da
infância espiritual, isto é, a experiência da filiação divina, sob a moção do
Espírito Santo.