Estilo de vida

Como podemos manter a paz de coração como católicos? Experimente estas 6 dicas

09/08/25

Essas ideias podem inspirar você a viver com a paz que Cristo prometeu deixar aos Seus seguidores.

Nestes tempos difíceis, muitas pessoas se sentem desorientadas e tensas, incapazes de encontrar a paz que vem de Cristo. Estas 6 dicas podem nos ajudar a redescobrir este presente que o Senhor nos concedeu antes de ascender ao seu Pai: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou." (João 14:27)

1Fuja do turbilhão da mídia

Nossos sentidos são constantemente agredidos por palavras, sons e imagens. Precisamos nos libertar dessa comoção sensorial para encontrar o repouso que Cristo oferece. Afastar-nos dela nos permite criar a atmosfera de silêncio na qual a oração nasce. 

"Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus!" (Sl 46:11). Viciados em nossos smartphones, computadores ou outros tablets e televisores, entramos em reinos onde reinam a irrealidade e a ilusão. De fato, nos tornamos escravos de tecnologias que foram originalmente criadas para nos servir, mesmo que não admitamos isso. 

É claro que nem tudo na mídia é ruim, e não podemos deixar o campo inteiramente aberto para aqueles que negam ou ignoram o Evangelho. Mas não nos enganemos: se passamos mais tempo consumindo conteúdo online do que diante de Deus em oração, precisamos reavaliar nossas prioridades. E quem entre nós não precisa reequilibrar nossas vidas de tempos em tempos?

2Viva a liturgia, não a conteste constantemente

A Igreja nos oferece a liturgia como meio de iniciação aos mistérios de Deus. Devemos ter cuidado para não estragá-la, "politizando-a" com debates intermináveis. Isso não significa que não devamos reagir ao que consideramos inapropriado; sempre há oportunidades para promover uma liturgia digna da grandeza de Deus, e seria uma pena perdê-las. 

Por outro lado, discussões constantes sobre coisas sagradas não são isentas de perigos. Se certos ritos ou costumes forem falhos, acabarão sendo abandonados. Há uma variedade legítima na expressão litúrgica da Igreja, e nem toda prática aceitável agrada a todos. Talvez o que nos parece falho, na verdade, tenha algum mérito. 

Em todo caso, uma vida santa é o melhor testemunho que podemos dar do poder transformador da liturgia celebrada corretamente. A santidade é impossível sem caridade, e a caridade não impõe, não é vingativa e "não impõe os seus próprios interesses" (1 Coríntios 13:5).

3Proteja-se contra o espírito de contenda

Há momentos em que somos chamados a dar um testemunho calmo, mas franco, da nossa fé, mas não é todo dia. De modo geral, é melhor evitar discussões acaloradas com descrentes ou irmãos mais "frágeis".

“Lembra-lhes isto e adverte-os diante de Deus para que não se envolvam em discussões de palavras, que não levam a nada, mas só trazem consigo a ruína dos que as ouvem.” (2 Timóteo 2:14)

Deixemos, antes, que o testemunho da cruz e de Cristo, manifestado em nossas ações, convença aqueles que precisam ser convencidos. 

A contenção é ainda mais necessária quando se trata de controvérsias relativas à doutrina ou à instituição da Igreja. Essas questões são frequentemente intratáveis e não têm respostas prontas. Abordá-las apenas atiça paixões desnecessárias.

Ao iniciarmos uma discussão, evitemos polêmicas inúteis e incentivemos uma conversa saudável em torno de "tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é agradável, tudo o que é de boa fama, se há algo de excelente ou digno de louvor" (Fp 4:8).

4Coloque a política em perspectiva

Como todos os cidadãos, temos que cumprir nossas obrigações cívicas e, como cristãos, é bom que levemos a mensagem de Cristo à esfera pública.

No entanto, precisamos lembrar de não politizar tudo. Há tempo e lugar para a política, assim como para tudo o mais.

Tenhamos em mente que nenhum movimento ou personalidade política fala em nome da nossa fé. Em suma, "não confieis em príncipes, em homens mortais, em quem não há salvação" (Sl 146:3), mas lembremo-nos de que "a nossa cidadania está nos céus" (Fp 3:20).

5Não façais tropeçar os vossos irmãos com opiniões divergentes

A morte e a salvação de Cristo pela cruz são "escandalosas" (cf. 1 Cor 23; Gl 5,11). A proclamação de um Messias crucificado não faz sentido para muitas pessoas.

O caminho para Cristo não é fácil. Portanto, procuremos não obstruir o caminho dos nossos irmãos com palavras que causam divisão, especialmente quando se referem a questões que não são de fundamental importância para a salvação. 

“Portanto, não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, procuremos nunca pôr pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do próximo” (Rm 14:13).

Claro, às vezes é necessário dizer as coisas diretamente. Mas com que frequência magoamos Cristo e o próximo sob o pretexto valente de "dizer as coisas com franqueza"?

Nem todas as verdades são boas de se dizer, especialmente quando podem ferir nossos irmãos. Muitas vezes, é melhor ficar em silêncio do que desacreditar as Boas Novas com comentários ultrajantes e desnecessários. 

6Dedique o domingo a Deus e não ao mundo

Os domingos nos dão a oportunidade de parar e absorver a luz de Cristo e então resplandecê-la para o mundo. No entanto, muitas vezes negligenciamos essa oportunidade, preferindo praticar esportes, fazer recados ou não fazer nada.

Claro, é legítimo atender a algumas das demandas da vida diária, mas também é bom reservar um dia para o domingo, dedicando-o a atividades que promovam reflexão e louvor. Isso nos ajudará a recarregar as baterias e a experimentar a vida eterna.

Há uma razão por trás do mandamento de "santificar o Dia do Senhor". Afinal, somos criaturas encarnadas no tempo. Se não dermos tempo a Deus para nos encontrar e habitar conosco, não teremos intimidade com Ele.

Vamos nos esforçar para fazer do domingo um dia dedicado a dar graças ao Senhor e cantar com alegria o nome daquele que nos criou, pois ele é tão bom! (Sl 91:4)

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