Espiritualidade

Aviso de Leão XIV àqueles que se julgam já salvos

24/28/25

Durante o Angelus de 24 de agosto de 2025, o Papa Leão XIV exortou os fiéis a viverem uma fé concreta e comprometida, e não apenas a simples observância de rituais, que não salvam almas. Baseando-se no Evangelho de Lucas, ele conclamou as pessoas a atravessarem a "porta estreita" da Cruz, escolhendo o amor, mesmo quando isso exige sacrifício.

"O Senhor não quer o culto separado da vida", declarou o Papa Leão XIV durante o Angelus em 24 de agosto de 2025. O Papa alertou os católicos que pensam que já estão salvos pela prática da religião e pediu por uma "fé autêntica" de fiéis que "se arriscam no amor".

Baseando-se no Evangelho de hoje, segundo São Lucas — "Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar e não conseguirão" — o Papa reconheceu que esta passagem poderia parecer contraditória com a ideia de salvação universal aberta a todos pela misericórdia divina. No entanto, explicou, "o Senhor não quer nos desanimar", mas "abalar a presunção daqueles que se julgam já salvos, daqueles que praticam a religião e, consequentemente, se julgam em ordem". Os atos religiosos, continuou, não bastam "se não transformarem o coração". Insistiu: "O Senhor não quer o culto separado da vida".

A religião sozinha não salva

O Papa enfatizou que o próprio Cristo, "a medida da nossa fé", não escolheu "o caminho fácil para o sucesso ou o poder", mas, para salvar a humanidade, "atravessou a 'porta estreita' da Cruz". Jesus é, portanto, "a porta que devemos atravessar para sermos salvos", acrescentou, convidando os católicos a "se comprometerem com o bem e a arriscarem no amor".

Cruzar esse limiar é desafiador, reconheceu Leão XIV, porque às vezes envolve "fazer escolhas difíceis e impopulares", mas também "lutar contra o próprio egoísmo e dedicar-se aos outros, perseverando em fazer o bem". "Uma vez cruzado esse limiar, a vida se abre diante de nós de uma maneira nova e, a partir desse momento, entramos no imenso coração de Deus", concluiu.

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