A paciência tudo alcança
07/08/25
A paciência é o esforço humano e a graça
divina fundamentais para suportar as ofensas, as cobranças, as diferenças e as
coisas contrárias à nossa vontade
“No mundo tereis grandes tribulações”. E, nesse ano
de 2020, estamos enfrentando tribulações, como os efeitos da pandemia, a crise
financeira e outras enfermidades. Além de outras preocupações.
“O que fazer quando tudo passar?”, “Como será a
nossa nova realidade?” Ninguém sabe! O que sabemos é o que nos disse
Jesus: “Coragem, eu venci o
mundo!” (cf. Jo 16,29-33). Mas, para ter essa perseverança corajosa
é preciso um ingrediente especial, uma virtude, um importantíssimo fruto do
Espírito Santo: a paciência.
Ela é um antídoto contra a ira, o descontrole, a
ansiedade e o desequilíbrio emocional. É o esforço humano e a graça divina
fundamentais para suportar as ofensas, as cobranças, as diferenças e as coisas
contrárias à nossa vontade.
Na vida espiritual, é saber esperar a hora de Deus.
Quem cultiva a paciência não se revolta contra Deus. Você pode até estar se
perguntando, “mas quem é louco de se revoltar contra Deus?”. Muitos que perdem
uma pessoa querida. No meio dessa pandemia muitas famílias perderam
prematuramente os seus para a Covid-19. E, no momento de dor, se revoltaram
contra Deus. A revolta faz parte das fases do luto, tem que ser vivida e
trabalhada.
A paciência e a perseverança são primas-irmãs. São
Paulo nos diz que a tribulação produz a paciência, a paciência prova a
fidelidade e a fidelidade, quando comprovada, produz a esperança. A paciência
gera perseverança (Rm 5,3-4). A paciência nos faz aprender a esperar em Deus, a
confiar sem perder a esperança, e nos faz entender que o silêncio de Deus não é
a ausência d’Ele. O silêncio é o tempo em que Deus está caprichando na graça, é
o tempo que Ele está nos preparando para recebê-la, mas nunca será
ausência.
Deus é paciência. Muitas vezes na vida de todos
nós, quando em algum momento nós merecíamos levar uma bordoada, Ele teve
paciência para conosco.
Deus faz chover tanto para os justos quanto para os
injustos. Como ensinou Jesus, devemos esperar pacientemente crescer o joio e o
trigo para não cometer o erro de arrancar tanto um quanto o outro, pois Deus
não quer condenar ninguém e aguarda até o último minuto a nossa conversão. (cf.
Mt 5,45;13,24-43).
A paciência é a virtude dos fortes, dos santos. E,
esse mês, nós temos um grande exemplo – até por isso escolhi esse tema. Santa
Mônica, que rezou durante 20 anos pela conversão do filho Agostinho.
Aprendamos a ter a paciência de Santa Monica que,
em nove meses no ventre, gerou o filho Agostinho para a vida e, durante 20 anos
em oração, o gerou para a graça.
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