5 passos para uma vida espiritual cristã
22/08/25
1º A ORAÇÃO
“Senhor,
ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos” (cf. Lc 11,
1c).
“A
oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um grito de
reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria” (Sta. Teresa
do Menino Jesus).
“A
oração é a elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus dos bens convenientes”
(São João Damasceno).
A oração é um dom de Deus, onde Ele quer
estabelecer uma profunda e íntima comunhão com o ser humano, pode se dizer que
é uma graça concedida pelo próprio Deus. E para que esta oração, que é um
diálogo com Deus, aconteça é necessário o dom da fé. Em Hb 11, 6, diz que: “sem
fé é impossível agradar a Deus, pois para se achegar a ele é necessário que se
creia primeiro que ele existe e que recompensa os que o procuram.”
A oração nos torna amigos de Deus. Por isso, a
oração e as suas práticas não podem se tornar um peso, mas deve trazer um
desejo pelo divino.
“A
oração, quer saibamos ou não, é o encontro entre a sede de Deus e a nossa. Deus
tem sede de que nós tenhamos sede dele” (Sto. Agostinho).
Estamos num mundo que tenta nos fazer olhar para a
Terra e não para as realidades celestiais. A oração é o caminho que nos faz
lançar o olhar para as coisas do Alto. Quem deseja encontrar o Amor de Deus
deve percorrer o caminho da oração, da experiência do encontro pessoal com
Jesus. Este processo acontecerá a partir da fé.
Há diversas formas de Oração:
Oração de súplica
O vocabulário referente à súplica tem muitos
matizes no Novo Testamento: pedir, implorar, suplicar com insistência, invocar,
clamar, gritar e mesmo “lutar na oração”. Mas sua forma mais habitual, por ser
a mais espontânea, é o pedido: é pela oração de súplica que exprimimos a
consciência de nossa relação com Deus: como criaturas, não somos nem nossa
origem, nem senhores das adversidades, nem nosso fim último. Mas, como
pecadores, sabemos, na qualidade de cristãos, que nos afastamos de nosso Pai. O
pedido já é uma volta para Ele.
Oração de intercessão
A intercessão é uma oração de pedido que nos
conforma de perto com a oração de Jesus. Ele é o único Intercessor junto do Pai
em favor de todos os homens, dos pecadores, sobretudo. Interceder, pedir em
favor de outro, desde Abraão, é próprio de um coração que está em consonância
com a misericórdia de Deus. No tempo da Igreja, a intercessão cristã participa
da de Cristo; é a expressão da comunhão dos santos. Na intercessão, aquele que
ora “não procura seus próprios interesses, mas pensa sobretudo nos dos outros”
(cf. Fl 2,4) e reza mesmo por aqueles que lhe fazem mal.
Oração de louvor
O louvor é a forma de oração que reconhece o mais
imediatamente possível que Deus é Deus! Canta-o pelo que Ele mesmo é, dá-lhe
glória, mais do que pelo que Ele faz, por aquilo que Ele É. A Eucaristia contém
e exprime todas as formas de oração. É “a oferenda pura” de todo o Corpo de
Cristo “para a glória de seu Nome”; segundo as tradições do Oriente e do
Ocidente, ela é “o sacrifício de louvor”.
“Não existe outro caminho da oração cristã senão
Cristo. Seja a nossa oração comunitária ou pessoal, vocal ou interior, ela só
tem acesso ao Pai se orarmos “em nome” de Jesus.”
2º. A EUCARISTIA
A Eucaristia é fonte e ápice de toda a vida cristã.
Os demais sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e tarefas
apostólicas, se ligam à sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Pois a
santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o
próprio Cristo, nossa Páscoa. Pela celebração Eucarística nós nos unimos à
liturgia do céu e antecipamos a vida eterna, quando Deus será tudo em todos
(cf. ICor 15,28).
Encontram-se no cerne da celebração da Eucaristia o
pão e o vinho, os quais, pelas palavras de Cristo e pela invocação do Espírito
Santo, se tornam o Corpo e o Sangue de Cristo. Fiel à ordem do Senhor, a Igreja
continua fazendo, em sua memória, até a sua volta gloriosa, o que ele fez na
véspera de sua paixão: “Tomou o pão…” “Tomou o cálice cheio de vinho…”
A presença do verdadeiro Corpo de Cristo e do
verdadeiro Sangue de Cristo neste sacramento não se pode descobrir pelos
sentidos, diz São Tomás, mas só com fé, baseada na autoridade de Deus.
O Senhor nos convida insistentemente a recebê-lo no
sacramento da Eucaristia: “Em verdade, em verdade, vos digo: ‘se não comerdes a
Carne do Filho do homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós’
(cf. Jo 6,53).
Um dos frutos da Comunhão Eucarística são:
– Aumenta a nossa união com Cristo. Receber a
Eucaristia na comunhão traz como fruto principal a união íntima com Cristo
Jesus. Pois o Senhor diz: “Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue
permanece em mim e eu nele” (cf. Jo 6,56).
– Separa-nos do pecado. Como o alimento corporal
serve para restaurar a perda das forças, a Eucaristia fortalece a caridade que,
na vida diária, tende a arrefecer; e esta caridade vivificada apaga os pecados
veniais. Pela mesma caridade que acende em nós, a Eucaristia nos preserva dos
pecados mortais futuros. Quanto mais participarmos da vida de Cristo e quanto
mais progredirmos em sua amizade, tanto mais difícil de ele separar-nos pelo
pecado mortal.
3º. A SAGRADA ESCRITURA
Na Sagrada Escritura, a Igreja encontra
incessantemente seu alimento e sua força, pois nela não acolhe somente uma
palavra humana, mas o que ela é realmente: a Palavra de Deus.
Os livros sagrados não devem ser apenas um livro de
leitura ou somente para um conhecimento intelectual, mas sim um livro para
rezar e meditar os mistérios revelados por Deus a cada um de nós.
Aqueles que desejam conhecer mais profundamente a
Deus, deve ter a Bíblia sagrada como um grande meio para se chegar ao
conhecimento do Amor de Deus.
A Sagrada Escritura é uma grande arma espiritual
para derrubar as forças de Satanás.
4º. O ROSÁRIO DA VIRGEM MARIA
A Virgem Maria é reconhecida e honrada como a
verdadeira Mãe de Deus e do Redentor. Ela é também verdadeiramente Mãe dos
membros de Cristo, porque cooperou pela caridade para que na Igreja nascessem
os fiéis que são os membros desta Cabeça.
O Rosário, de fato, ainda que caracterizado por sua
fisionomia mariana, em seu âmago é oração cristológica. Com ele, o povo cristão
frequenta a escola de Maria para deixar-se introduzir na contemplação da beleza
do rosto de Cristo e na experiência da profundidade de seu amor. Mediante o
Rosário, o cristão alcança a graça em abundância, como se a recebesse das
próprias mãos da Mãe do Redentor.
Todo católico deve estar na “escola” de Maria, pois
Ela nos apresenta a grande Verdade que é Jesus Cristo, o seu Filho. Aqueles que
tem a Virgem Maria como sua Mãe, tem uma grande intercessora em todos os
momentos difíceis da vida terrena.
Maria Santíssima nos leva para os braços de Seu
Filho Jesus.
5º. O JEJUM
A abstinência e o jejum são formas de penitência
interior. Este tipo de penitência nos ajuda a dominar as nossas paixões
carnais, que muitas vezes nos conduzem ao pecado.
O jejum na Igreja Católica é obrigatório na
quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa. Fora esses dias, o católico pode
fazer jejum quando quiser e achar necessário. O jejum é deixar de fazer uma
refeição no dia (almoço ou jantar).
A abstinência de carne, o fiel católico a partir
dos 14 anos de idade deve abster-se de comer carne (e seus derivados) na Quarta-feira
de cinzas, na Sexta-feira Santa (da Paixão) e em todas as sextas-feiras do ano
(salvo se for dia de solenidade);
O jejum, o fiel católico a partir dos 18 anos até
59 anos de idade deve deixar de fazer uma refeição no dia – devendo ser o
almoço ou o jantar, na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira da Paixão.
Do
sacerdote salvista Pe. Wendel, através do blog Rumo
à Santidade
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