Igreja

Espírito dos Acordos de Helsinque é mais necessário do que nunca: Papa Leão

30/07/25

O Papa lembrou o papel fundamental desempenhado pela Igreja no fim da Guerra Fria, em particular pelo Arcebispo Agostino Casaroli, Secretário de Estado de João Paulo II.

"Hoje, mais do que nunca, é essencial salvaguardar o espírito de Helsinque", disse o Papa Leão XIV no final da audiência geral em 30 de julho de 2025, observando o 50º aniversário dos acordos assinados durante a Guerra Fria.

O 50º aniversário do documento final dos Acordos de Helsinque (1975) será comemorado em 1º de agosto. O Papa lembrou o papel fundamental desempenhado pela Igreja nessas negociações, em particular pelo Arcebispo Agostino Casaroli, que foi secretário de Estado de João Paulo II entre 1979 e 1990.

Casaroli presidiu esta conferência sobre segurança e cooperação, que reuniu países dos blocos ocidental e oriental no contexto da Guerra Fria. Esta conferência, disse Leão XIV, abriu um "novo capítulo geopolítico" ao promover laços mais estreitos entre as nações e a liberdade religiosa.

Em 1º de agosto, será comemorado o 50º aniversário da assinatura da Ata Final de Helsinque. Motivados pelo desejo de garantir a segurança durante a Guerra Fria, 35 países iniciaram um novo capítulo geopolítico, promovendo uma reaproximação entre Oriente e Ocidente. Este evento também marcou um interesse renovado pelos direitos humanos, com ênfase especial na liberdade religiosa — considerada um dos pilares da então emergente arquitetura de cooperação "de Vancouver a Vladivostok".

A participação ativa da Santa Sé na Conferência de Helsinque — representada pelo Arcebispo Agostino Casaroli — ajudou a promover o compromisso político e moral com a paz.

Hoje, mais do que nunca, é essencial salvaguardar o espírito de Helsinque: perseverar no diálogo, fortalecer a cooperação e fazer da diplomacia o caminho preferencial para prevenir e resolver conflitos.

Ele não mencionou explicitamente a Rússia e a Ucrânia, mas pediu paz "de Vancouver a Vladivostok", ecoando a frase usada na conferência de 1975.

 

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