Oito antídotos para resistir à tentação de fofocar
18/07/25
Ninguém está imune à sedução da fofoca ou aos seus efeitos destrutivos. Muitas vezes, ela surge de um coração ferido. Portanto, precisamos de armas bíblicas para resistir
Fofoca é o pecado de falar palavras maliciosas
pelas costas de alguém. Quando o apóstolo Paulo alerta os efésios contra a
fofoca maliciosa, ele usa a palavra grega "sapros" (σαπρός), que
significa "podre" ou "corrupto" (Ef 4:29). Essa palavra era
usada para se referir a frutas ou peixes podres.
O Livro de Provérbios, em particular, nos alerta
contra essa falha humana generalizada: "As palavras do mexeriqueiro são
como doces, elas tocam o coração" ( Pv 18:8 ); ou
ainda: "O mexeriqueiro revela segredos" (Pv 20:19). O autor de
Provérbios reconhece, portanto, o apelo da fofoca, a dificuldade de resistir a
ela, seu profundo impacto em nossas consciências e a dissimulação que a
acompanha.
Tipos
de rumores
Padrão | Shutterstock
Em seu livro Resisting Backbiting (2015), o autor americano Matthew C.
Mitchell explica os três possíveis tipos de fofoca: informações espalhadas sem
verificar a fonte (por exemplo, "Ouvi dizer que ele deixou a
esposa"), verdades embaraçosas reveladas ("Ele insultou o pai")
ou previsões negativas feitas sobre alguém ("Ele não passará nas
provas").
Por fim, vamos esclarecer o que não é fofoca: não é
a divulgação de informações no contexto de uma relação de ajuda (com um
psicólogo ou um padre, por exemplo), nem a troca necessária entre pessoas em
posição de autoridade para corrigir o comportamento daqueles que estão sob seus
cuidados (como pais ou professores).
A
fofoca é sempre injusta
Na maioria das vezes, a fofoca surge de um espírito
crítico, de um coração que condena e menospreza os outros. No entanto, a Bíblia
nos lembra em diversas ocasiões que não devemos julgar, pois somente Deus é o
juiz. O evangelista Mateus nos adverte: "Não julgueis, para que não sejais
julgados; porque com o mesmo juízo com que julgardes sereis julgados, e com a mesma
medida com que medirdes vos medirão a vós" (Mt 7:1).
Da mesma forma, o apóstolo Paulo exorta os
coríntios a não fazerem “julgamentos precipitados”, mas a “deixarem vir o
Senhor”, que é o único que “trará à luz os segredos das trevas e manifestará os
desígnios dos corações” (1 Cor 4:5).
Aqui estão oito antídotos práticos para superar a
tentação da calúnia:
1Reserve um tempo para pensar antes de contar o que ouviu
Eu diria isso se a pessoa estivesse presente?
Gostaria que falassem comigo dessa forma? Se a resposta for não, é melhor
permanecer em silêncio e discreto.
2Elogiar alguém voluntariamente
Se formos tentados a falar mal de alguém, devemos
imediatamente tentar dizer algo positivo sobre essa pessoa.
3Fale para edificar o seu próximo
Vamos tentar fortalecer a fé e a jornada espiritual
da outra pessoa. Em vez de criticá-la pelas costas, vamos oferecer-lhe uma
palavra construtiva para sua santificação.
4Fortalecer a fé
Pixel-Shot | Shutterstock
Vamos tentar fortalecer a fé e a jornada espiritual
da outra pessoa. Em vez de criticá-la pelas costas, vamos oferecer-lhe uma
palavra construtiva para sua santificação.
5Falando sobre Deus e falando com Deus
Quando nos deparamos com comportamentos ou palavras
inapropriadas, podemos repreender a pessoa ou, se a situação for delicada,
confiar nossos corações ao Senhor em oração.
6Transmitir boas notícias
Em um mundo saturado de informações negativas,
vamos escolher compartilhar algumas boas notícias, por exemplo, durante um
intervalo com nossos colegas.
7Cultive a gratidão
Um coração grato é menos inclinado a criticar ou
ver maldade nos outros.
8Confissão
Confessar esse pecado no sacramento da
reconciliação: receber o perdão e a graça de Deus nos dá novas forças para
resistir à tentação de fofocar.
Em sua essência, nossa batalha espiritual contra a
fofoca também é uma batalha pela unidade. Jesus expressou repetidamente seu
ardente desejo de ver seus discípulos unidos no amor:
"Nisto todos conhecerão que sois meus
discípulos: se vos amardes uns aos outros" ( Jo 13,35 ). É uma
meta que merece todos os nossos esforços.
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