Estilo de vida

Como ajudar nossos filhos a encontrar suas vocações

07/07/25

Vocação: Os pais buscando uma forma ajudar os filhos a ouvir o chamado de Deus.

Deus sempre nos chama, mas geralmente o faz em silêncio. Para ouvir esse chamado, nossos filhos precisam concentrar toda a sua atenção na única pergunta: Que plano de amor Deus tem reservado para mim?

Quando uma estação de rádio emite um sinal fraco, só conseguimos captá-lo se os receptores estiverem sintonizados na direção correta e nenhuma outra estação estiver usando o mesmo comprimento de onda. Se criarmos um filho com base em nossas próprias ambições, dizendo "Quero que você seja médico", seremos como todas essas potentes estações de rádio bloqueando outros sinais.  

O plano de Deus é sempre amoroso. Portanto, Seu chamado deve ser respondido com amor. A família é um ambiente privilegiado onde uma criança pode descobrir a grandeza desse amor. É observando a fidelidade com que nossos pais se amam e vivenciando diariamente o amor de nossos irmãos que realmente compreendemos (não apenas com o intelecto, mas com todo o nosso ser) que não se trata de uma emoção passageira. É um processo longo e difícil que mobiliza nossa força de vontade e tudo o que somos. Amamos com o coração, a mente e o corpo. 

Ninguém é ordenado padre ou ingressa em uma ordem religiosa contra a sua vontade – é uma decisão pessoal e livre. Deus quer filhos, não escravos, e não há amor verdadeiro sem liberdade. Mas precisamos aprender a ser livres.

“A pessoa realiza-se pelo exercício da liberdade na verdade. A liberdade não pode ser entendida como uma licença para fazer  absolutamente tudo:  significa um  dom de si.  Mais ainda: significa uma  disciplina interior do dom.  A ideia de dom contém não apenas a livre iniciativa do sujeito, mas também o aspecto do  dever.  Tudo isso se concretiza na 'comunhão das pessoas'. Encontramo-nos novamente no próprio coração de cada família”, escreveu João Paulo II em sua Carta às Famílias, em 2 de fevereiro de 1994.

Um bom padre é principalmente alguém que foi bem criado. É claro que nada é impossível para o Senhor, e aqueles que não tiveram tanta sorte também podem ser tocados por Sua graça. Eles são como aquelas flores maravilhosas que brotam das areias do deserto. Mas, como qualquer jardineiro lhe dirá, solo melhor produz melhor colheita. Deus planta suas sementes, mas nós preparamos o solo. Se for rico e bem trabalhado, o fruto que dará será cem vezes maior. Um bom padre fica feliz em ser homem e uma boa religiosa fica feliz em ser mulher. Ninguém faz voluntariamente um voto de celibato por medo ou rejeição de sua sexualidade.  Pelo contrário, quanto melhor compreendemos sua beleza no plano de Deus, mais percebemos a grandeza do celibato consagrado. O papel desempenhado pela família nesse domínio é de crucial importância.

“Somos gratos ao Senhor por ter querido fazer de nós seus ministros. Somos gratos também às pessoas: sobretudo àqueles que nos ajudaram a alcançar o sacerdócio e àqueles que a Divina Providência colocou no caminho da nossa vocação. Agradecemos a todos, a começar pelos nossos pais, que de tantas maneiras foram um dom de Deus para nós: quantos e quão preciosos foram os ensinamentos e os bons exemplos que nos deram!”, escreveu João Paulo II, por ocasião do 50º aniversário da sua ordenação sacerdotal, em 1996.

Cristina Ponsard

 

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