Estilo de vida

O que os católicos devem fazer quando alguém os decepciona?

19/07/25

Decepcionado com os outros? Você não está sozinho. Veja como os católicos podem reagir — com graça, sem ressentimentos.

Se há uma coisa com a qual todos podemos concordar em 2025, é que a decepção parece estar em toda parte. Políticos prometem e fracassam, líderes falham, influenciadores enganam e amigos vacilam — até mesmo a família às vezes não aparece quando é preciso. Isso pode nos deixar desanimados, frustrados e nos perguntando: E agora?

E para os católicos, essa pergunta importa. Como somos chamados a reagir quando alguém nos decepciona — seja em nível pessoal, público ou em um cenário desordenado no cenário global?

Jesus entendeu

Primeiro, sejamos claros: a decepção não é apenas uma desgraça moderna. Até Jesus foi decepcionado — espetacularmente. Em Seu momento mais sombrio no Jardim do Getsêmani , Seus amigos mais queridos nem conseguiram ficar acordados com Ele. Pedro, Seu mais ousado apoiador, O negou três vezes. Judas O traiu completamente.

Se alguém conhece a dor de ser rejeitado por aqueles mais próximos a Ele, esse alguém é Jesus.

Mas como Ele respondeu? Não com fúria ou humilhação pública. Não com um grandioso "Eu avisei". Ele respondeu com amor, com perdão — e, surpreendentemente, não desistiu deles.

Esse é um modelo bem claro para nós, embora seja difícil de seguir.

Quando o mundo pesa

É claro que o cenário atual traz uma nova perspectiva. Graças às mídias sociais, falhas pessoais e escândalos públicos não se limitam a um contexto local. Eles se espalham, gerando comentários, indignação e divisão em uma velocidade vertiginosa.

De repente, nossas decepções particulares podem parecer amplificadas — como se todos fôssemos parte de um tribunal sem fim, onde a graça é escassa e o julgamento é abundante.

Mas como escreve São Paulo:

“Toda amargura, cólera, ira, gritaria e calúnia sejam tiradas dentre vocês, bem como toda malícia.” — Efésios 4:31

Em outras palavras, não se junte à multidão — online ou offline.

Um caminho a seguir

Quando alguém nos decepciona, o caminho católico não é fingir que não doeu. Não é desculpar o mal ou fugir da verdade. Mas é: reconhecer a dor honestamente; perdoar, mesmo quando nos custa algo; e lembrar que nós também decepcionamos outros — e recebemos misericórdia.

Em última análise, trata-se de onde depositamos nossa esperança. Como afirmam os Salmos:

“É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar nos homens.” — Salmo 118:8

As pessoas vão nos decepcionar. As instituições vão vacilar. Mas Deus é firme — um refúgio que nunca decepciona.

Escolhendo a graça

Num mundo rápido em cancelar e lento em perdoar, os católicos têm a oportunidade de modelar algo contracultural: a graça. Graça silenciosa, paciente e perseverante.

Isso não significa que desculpamos erros graves. Mas significa que abrimos espaço para a redenção — para os outros e para nós mesmos.

Então, da próxima vez que alguém te decepcionar, não corra para a seção de comentários nem feche a porta completamente. Em vez disso, pare. Ore. E lembre-se de que os católicos seguem um Salvador que não desistiu de Seus amigos falhos — e também não desiste de nós.

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