O que os católicos devem fazer quando alguém os decepciona?
16/07/25
Desapontado
com os outros? Você não está sozinho. Veja como os católicos podem responder —
com graça, não rancores.
Se há algo em que todos podemos concordar em 2025,
é que a decepção parece estar em todo lugar. Políticos fazem promessas e
falham, líderes decepcionam, influenciadores nos guiam para o caminho errado, e
amigos falham — até mesmo a família às vezes não está presente quando mais
precisamos. Isso pode nos deixar desanimados, frustrados e nos fazer perguntar:
E agora?
E para os católicos, essa pergunta é importante.
Como devemos responder quando alguém nos decepciona — seja em situações
pessoais, públicas ou até mesmo em questões globais?
1Jesus entende
Primeiro, vamos deixar claro: a decepção não é um
problema apenas moderno. Mesmo Jesus foi decepcionado — e de forma
impressionante. Em Sua hora mais sombria no Jardim do Getsêmani, Seus amigos
mais queridos não conseguiram nem mesmo ficar acordados com Ele. Pedro, seu
mais fiel apoiador, O negou três vezes. Judas O traiu completamente.
Se alguém conhece a dor de ser traído por quem está
mais próximo, esse alguém é Jesus.
Mas como Ele respondeu? Não com raiva ou humilhação
pública. Não com um grandioso "Eu te avisei." Ele respondeu com amor,
com perdão — e, notavelmente, Ele não desistiu deles.
Esse é um modelo claro para nós, embora seja
difícil de seguir.
2Quando o mundo "pesa"
Claro, o cenário atual traz um novo desafio. Graças
às redes sociais, falhas pessoais e escândalos públicos não ficam restritos a
um local. Eles se espalham, reunindo comentários, raiva e divisão a uma
velocidade impressionante.
De repente, nossas decepções pessoais podem parecer
amplificadas — como se estivéssemos todos participando de um tribunal sem fim
onde a graça é escassa e o julgamento é abundante.
Mas como escreve São Paulo:
“Que toda amargura, ira e gritaria, assim como toda
maledicência, sejam afastadas de vocês, juntamente com toda malícia.” — Efésios
4:31
Em outras palavras, não se junte à multidão —
online ou offline.
3Um caminho a seguir
Quando alguém nos decepciona, o caminho católico
não é fingir que não doeu. Não é desculpar o mal ou evitar a verdade. Mas é:
reconhecer a dor de forma honesta; perdoar, mesmo quando isso nos custa algo; e
lembrar que também já decepcionamos os outros — e fomos agraciados com
misericórdia.
No final das contas, trata-se de onde colocamos
nossa esperança. Como os Salmos afirmam:
“É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar nos
seres humanos.” — Salmo 118:8
As pessoas nos decepcionarão. As instituições
falharão. Mas Deus é constante — um refúgio que nunca decepciona.
4Escolhendo a graça
Em um mundo que cancela com rapidez e perdoa com
lentidão, os católicos têm a chance de modelar algo contracultural: a graça.
Uma graça silenciosa, paciente e perseverante.
Isso não significa que desculpamos erros graves.
Mas significa que abrimos espaço para a redenção — para os outros e para nós
mesmos.
Então, da próxima vez que alguém te decepcionar,
não corra para a sessão de comentários ou feche a porta completamente. Em vez
disso, pare. Ore. E lembre-se de que os católicos seguem um Salvador que não
desistiu de Seus amigos imperfeitos — e não desiste de nós também.
Essas atitudes não apenas ajudam a lidar com as
decepções pessoais, mas também promovem um ambiente de amor e compreensão.
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