Neste ano jubilar os ensinamentos do Papa Bento XVI se revestem de nova atualidade
28/07/25
O Papa Francisco convidou a Igreja para
o Jubileu da esperança neste ano de 2025 por meio da bula “Spes non confundit –
a esperança não engana” (Rm 5, 5). Um ano de muita riqueza espiritual para
todos os fiéis do mundo.
O Papa Francisco nos deixou logo nos primeiros
meses deste ano jubilar e o Papa Leão XIV segue com as celebrações. Às vezes
podemos pensar que a sucessão dos papas é sempre marcada por rupturas, que
seria como em um governo no qual cada partido põe seus temas durante o seu
período. Mas a sucessão dos papas é sucessão mesmo. O Papa Leão XVI dá
continuidade ao magistério do Papa Fransciso, que deu continuidade ao do Papa
Bento XVI e, assim, sucessivamente porque todos compõe o mesmo Magistério
Petrino, o ensinamento de São Pedro.
Sempre
a esperança
A esperança, tema tão atual que marca o jubileu de
2025, foi tema de uma Encíclica do Papa Bento XVI, em 2007. Intitulada Spe Salvi, se baseia também na carta
de São Paulo aos Romanos (8,24). Nela, segundo o Padre Gerson Schmidt,
Bento mostra que “a esperança cristã não é uma mera expectativa otimista, mas
uma virtude teologal, intimamente ligada à fé e ao amor. A fé é o fundamento da
esperança, e o amor de Deus, derramado em nossos corações, é a fonte da
esperança que não engana”.
O sacerdote da Arquidiocese de Porto Alegre destaca
que o ponto de vista dos dois papas é convergente pois partem da visão de São
Paulo sobre a esperança. Na encíclica Spe Salvi ela “aparece também como elemento
distintivo dos cristãos o fato de estes terem um futuro: não é que conheçam em
detalhe o que os espera. Mas cada um de nós sabe em termos gerais que a sua
vida não acaba no vazio, no caos geral, no vácuo sem sentido. Somente quando o
futuro é certo como realidade positiva, é que se torna vivível também o
presente. Sendo assim, podemos agora dizer: o cristianismo não era apenas uma
“boa nova”, ou seja, uma comunicação de conteúdos até então ignorados. O
Evangelho não é apenas uma comunicação de realidades que se podem saber, mas
uma comunicação que gera fatos e muda a vida”.
Tem destaque essa visão da esperança como o olhar
para uma meta que ilumina todo o itinerário da vida, por isso, Bento XVI
afirmou: “A vida na sua totalidade é relação com aquele que é a fonte da
vida. Se estivermos em relação com aquele que não morre que é a própria vida e
o próprio amor, então estamos na vida".
Edição Espanhol
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