A conversão relâmpago de Brigitte, ex-viciada em cocaína e ateísta
17/08/25
"O
Espírito Santo desceu sobre mim. Compreendi que eu era a filha amada de Deus,
que Jesus estava vivo"
É incomum ouvir falar de uma mulher cuja vida foi
tão completamente transformada por Cristo. Após muitos anos sem rumo, marcado
por drogas, dependência emocional e uma séria depressão, Brigitte Bédard
experimentou uma conversão relâmpago. A partir desse momento, ela nunca deixou
de testemunhar alto e claro que Cristo a tinha libertado.
Começou a usar drogas com a idade de 11 anos. Este
vício durou dez anos, após o qual ela caiu noutro vício: o sexo e as emoções.
"Durante mais dez anos estive desesperada, em busca da minha orientação
sexual, procurando algum amor através do sexo", diz ela a Aleteia.
"Claro que tinha desistido das drogas, do álcool e até dos cigarros, mas
ainda estava a colecionar parceiros".
Deixar-se
amar… por Cristo
Até o dia em que, com a cabeça cheia de ideias
suicidas, foi a um retiro num mosteiro em Saint-Benoît-du-Lac, a convite de
alguém que conhecera numa reunião de Narcóticos Anônimos. Ali, a ex-viciada em
cocaína, ateísta e feminista bissexual que era na altura, passou os três dias a
descarregar a sua raiva num monge que mais tarde se tornaria o seu pai
espiritual.
"Eu gritei com ele! Durante três dias.
Despejei-lhe toda a minha fúria. Ele ouviu-me sem vacilar. Ele não falava de
Jesus, mas era Jesus", recorda-se ela. "Ele olhou para mim com amor.
Ele rezou por mim. Ele impôs-me as mãos. E o Espírito Santo desceu sobre mim.
Compreendi que eu era a filha amada de Deus, que Jesus estava vivo,
verdadeiramente ressuscitado. Foi uma revelação.
A partir desse dia, ela decidiu "colocar Deus
no centro da sua vida". Como mãe solteira de duas crianças, descobriu a
amizade e a vida da Igreja, fez uma peregrinação a Roma, e passou a levantar-se
todos os dias às 4 da manhã para rezar durante uma hora e meia.
"Eu tenho um caráter muito forte", diz
ela. Alguns anos mais tarde, ela conheceu Hugues na internet. Casaram-se a 30
de Setembro de 2006 e têm dois filhos juntos. Hugues também tem dois filhos de
um primeiro casamento, pelo que formam uma grande família com seis filhos.
Deixando-se
amar… pelo seu marido
Depois de se deixar amar por Cristo, deve agora
deixar-se amar… pelo marido. Embora o seu casamento tenha começado há pouco, a
vida matrimonial estava longe de ser cor-de-rosa.
"Vivíamos um pouco sozinhos, Deus não estava
no centro das nossas vidas. Não é por seres cristã que não tens
problemas", diz ela.
Presa no turbilhão do seu ocupado trabalho, ela
nunca perde uma oportunidade de testemunhar sobre a sua conversão, viaja pelo
país para dar palestras, e está envolvida com o seu marido em vários serviços
da igreja.
O seu marido foi viciado em pornografia. Passaram
por uma crise de casal que durou dois anos, e foram acompanhados psicológica e
espiritualmente pela comunidade Chemin Neuf.
"O que mudou as nossas vidas foi começar a
rezar como um casal todas as manhãs", diz ela. "Foi uma forma de
colocar Deus no centro, de rever as nossas prioridades. E o que se tornou uma
prioridade na oração foi a nossa relação pessoal com Deus. Até onde deve ir a
nossa conversão? Até tudo! Mas houve muitos obstáculos, dadas as nossas feridas
do passado, que nos impediram de viver uma comunhão sexual".
Gradualmente, Brigitte Bedard passou a ser capaz de
apresentar as suas dificuldades, medos e frustrações a Deus na sua oração
pessoal. Ela sabia que Deus queria reconstruir o casal, restaurar seu
casamento.
Ela sabe que Deus não os julga e acolhe-os onde
eles estão. "Deus ajudou-me a acolher Hugues onde ele estava, a acolhê-lo
como ele estava".
Naquele momento, as palavras de um psicólogo
deixaram neles uma profunda impressão: "Vocês tem de tratar as feridas um
do outro". Assim, a oração ajudou-os a permanecer ancorados na paciência,
confiança, delicadeza e mansidão.
"Deus estava a ensinar-nos a amarmo-nos uns
aos outros, livrando-nos de todas as ideias falsas que tínhamos formado. Os
nossos fracassos se tornaram algo a nos ajudar a construir o amor, e a oração
do casal 'forçou-nos' a estar na verdade. Uma trajetória que ainda hoje dá
frutos e que ela testemunha com alegria através das suas colunas no programa
televisivo La Victoire de l'Amour (TVA)
e na revista católica Le Verbe,
bem como no seu último livro Je
me suis laissé aimer… Et l'Esprit Saint m'a emprise.
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