A resposta libertadora de Deus para a pergunta:
“Quem sou eu?”
17/07/25
Costumava haver um consenso sobre quem
somos e para que servimos. Mas isso começou a mudar, especialmente no século XX
Em todo o mundo, os escritores estão preocupados
com o impacto das mídias sociais na identidade pessoal. Filósofos dispostos a
descrever sobre personalidade e identidade pessoal estão ganhando muito
dinheiro hoje em dia.
Por um lado, as empresas de alta tecnologia dizem
que protegem nossa identidade. Na outra ponta do espectro, os imigrantes
estão tentando entender quem são quando deixam sua terra natal.
O fato é que nossa confusão sobre quem somos é um
grande fator de estresse em nossas vidas.
Costumava haver um consenso sobre quem somos e para
que servimos. Mas isso começou a mudar, especialmente no século XX. O bispo
Robert Barron deu uma palestra magistral sobre como o pensamento de figuras
filosóficas importantes levou às manchetes de hoje. Ao longo do caminho, ele
mostra como perder a fé em Deus nos faz esquecer quem somos.
Friedrich Nietzsche disse: “Deus está morto”.
Depois, ele detalhou as consequências da ausência de Deus. Sem Deus, não há
fundamento para a verdade objetiva e temos que afirmar nossas próprias verdades
pela força de vontade. John Paul Sartre levou Nietzsche um passo adiante,
dizendo que cada um decide o que é, e ninguém pode criticar quem escolhemos
ser.
Embora as grandes mentes de Nietzsche e Sartre
possam ter achado revigorante e libertador afirmar sua vontade sobre o universo
e se inventar, isso deixa a maioria de nós exausta ou perdida.
O Papa Francisco aponta que a fé oferece um caminho
melhor. Segundo o pontífice, o Livro do Gênesis conta histórias sobre nossa
origem e tem coisas poderosas e profundas a dizer sobre nossa identidade.
“Depois de ter criado o universo e todos os seres vivos, Deus criou a sua
obra-prima, o ser humano, feito à sua imagem: ‘à imagem de Deus os criou; homem
e mulher ele os criou’”, disse Francisco. “Deus nos deu seu DNA, ou seja, nos
fez seus filhos”, acrescentou. Aqueles que “se parecem muito ou pouco com Ele
são seus filhos: eles receberam essa identidade”.
Assim, seu próprio corpo diz quem você é: um filho
de Deus. “O corpo humano compartilha da dignidade da imagem de Deus”, diz o
Catecismo, acrescentando que o espírito e a matéria “não são duas naturezas
unidas, mas sua união forma uma única natureza”.
As consequências desse fato são enormes.
Deus é amor, e nossos corpos refletem seu amor. A
Igreja mostra isso desde o batismo (onde a água em nossa cabeça muda nossa
alma), ao casamento (onde nosso corpo é unido a outro) e à morte, quando nossos
corpos ou cinzas são enterrados, em vez de espalhados.
A missa nos treina a amar a Deus com nossos corpos
enquanto nos ajoelhamos e ficamos de pé. Lembramos continuamente que nossas
vidas foram salvas quando Jesus ofereceu seu corpo na cruz, e nossa esperança
assegurada quando seu corpo ressuscitou dos mortos, o que nossos corpos farão
um dia.
Aristóteles chama o homem de “animal racional” cuja
maior felicidade se encontra no exercício de sua razão – em contemplar o que é
verdadeiro. Para nós, a maior atividade humana é conhecer a Deus por meio da
oração e do estudo.
Mesmo considerando nossa evolução, nosso intelecto
nos diferencia dos outros animais. Quem somos como seres humanos foi
conquistado por nossa sede de conhecimento. Isso acontece no nível de um
cientista de Cambridge que estuda Vênus ou no nível de uma criança que pergunta
perpetuamente “por quê?” E isso acontece quando ambos ouvem as Escrituras
juntos na missa.
Além disso, nossa vontade nos torna quem somos.
Temos uma vontade que nos permite amar de uma forma diferente de qualquer outro
animal, e esta é a expressão máxima de quem somos.
Jesus resume os Dez Mandamentos como “Amarás o
Senhor teu Deus de todo o teu coração” e “amarás o teu próximo como a ti
mesmo”. Esta é a descrição final de quem somos: amantes de Deus e amantes uns
dos outros.
Isso nos torna muito mais do que poderíamos ter inventado ou afirmado a nós mesmos. Uma certeza que nos tira das mãos do acaso cego e nos coloca nas mãos de Deus, que quer nos levar, através da morte, para o seu lado.
Comentários
Postar um comentário