Você não precisa estar possuído para experimentar o mal
05/07/25
Uma sintomatologia abrangente de como o
mal age na vida de uma pessoa
Evangelho de Marcos descreve, detalhadamente, um
homem possuído. Prestando atenção ao texto, podemos traçar algumas
características específicas do mal em nossa vida:
"Um homem possesso do espírito imundo saiu do
cemitério onde tinha seu refúgio e veio-lhe ao encontro. Não podiam atá-lo nem
com cadeia, mesmo nos sepulcros, pois tinha sido ligado muitas vezes com
grilhões e cadeias, mas os despedaçara e ninguém o podia subjugar. Sempre, dia
e noite, andava pelos sepulcros e nos montes, gritando e ferindo-se com
pedras."
Marcos 5, 2-5
A primeira coisa a observar é que a experiência do
mal é uma experiência de morte. Há momentos, de fato, em que nos sentimos
literalmente “mortificados” - momentos em que sentimos que a nossa vida está de
alguma forma “morta”.
O Evangelho vai ainda mais longe: “não podiam
atá-lo”. Ou seja, esse homem não era mais capaz de manter vínculos
significativos com outras pessoas que o ajudassem a se recuperar.
Por fim, também lemos que ele estava chorando e se
machucando. Ou seja, ele estava cheio de raiva dos outros e de ódio de si
mesmo.
Este é o quadro completo, uma sintomatologia
abrangente de como o mal age na vida de uma pessoa: sentir-se morto, não
conseguir mais manter vínculos significativos, ficar com raiva dos outros e ter
rancor de si mesmo.
Ou seja, não é necessário estar possuído para
experimentar o mal. Encontrar Jesus cura esse homem exatamente dessas três
coisas, tanto que quem o encontra logo após sua libertação o vê “sentado ali,
vestido e em seu perfeito juízo” – ou seja, livre daquilo que o agitava,
vestido novamente com dignidade e capacidade de raciocínio adequado.
Nesse sentido, se o mal nos despedaça, a fé em Jesus
nos une novamente. Parece-me que esta é uma boa razão para cultivar a fé.
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