Os barulhos do teu coração te incomodam?
11/07/25
A busca do silêncio é início do processo
de lapidação da mente e purificação do coração
O barulho é uma verdade muito incômoda que
precisamos lidar todos os dias na nossa vida. Estamos cercados de barulhos,
vozes, gritos, falas, discursos, brigas, perturbações, agitações e
inquietações.
O barulho que se faz no mundo exterior se transfere
para dentro de nós, e o barulho do nosso interior nos leva a exclamar, gritar e
brigar com o mundo que nos cerca. Estamos dominados pelas insatisfações do
coração. A alma geme em busca de consolo. A mente se perturba em busca de
respostas. A vontade se agita em busca de satisfazer o ego, e as emoções se
aglomeram em descompassos por não encontrar espaços para saciar sua
necessidades
O seu interior faz
muito barulho?
Não há cura para os nossos males se não
encontrarmos a via do silêncio e da purificação dos sentidos. Precisamos
mergulhar nossa alma na candura vibrante do silêncio interior, calar as vozes
agitadas que perturbam nosso ser a cada instante. É um trabalho para vencer a
ansiedade dos sentidos que vive em busca de satisfações para suas necessidades.
É um sobressalto para a serenidade e o equilíbrio interior, tão necessário para
colocar ordem na casa, no coração, nas emoções e vencer os devaneios da mente.
A busca pelo silêncio deve ser uma atitude brutal e
audaciosa. Ela é a violência evangélica exaltada por Jesus. Sem ela não
atingimos nossa verdade interior nem conquistamos a sensatez de viver. O
coração impulsivo bate para todos os lados e não encontra satisfação em nada. A
busca do silêncio é início do processo de lapidação da mente e purificação do
coração. Eu não irei me conhecer como preciso ser conhecido nem mudarei
atitudes e comportamentos inadequados sem penetrar nas verdades incômodas que
se escondem nas penumbras do meu ser, sufocadas pelas soberbas e vaidades da
vida.
Aprenda a ouvir o
silêncio do seu coração
O silêncio incomoda, perturba e causa profundas
estranhezas em nós e nos outros. A verdade, no entanto, é que nos tornamos
estranhos a nós mesmos à medida que não nos conhecemos nem buscamos a
sobriedade dos sentidos.
A paz interior e a paz nas relações humanas e
sociais só se torna realidade para aqueles que mergulham o coração no profundo
silêncio da alma. Do contrário, continuaremos promovendo guerras, embates,
disputas, conflitos, acusações, polarizações e perturbações. E dentro de nós
irar se alargar a guerra dos sentidos, a implosão dos afetos e o inchaço do
orgulho insaciável.
Temos sede urgente de muito silêncio!
Por Pe. Roger Araújo, via Canção Nova
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