A chave para o sucesso na vida diária? Exercitar o “músculo” da fé
02/10/25
Sem fé e sem pedir ajuda, correremos o
risco de desmaiar de exaustão diante dos exercícios diários que a vida nos
apresenta
Neste artigo, vou te ensinar a descobrir a
importância de exercitar o “músculo” da fé e como isso fará a diferença no seu
dia a dia.
Há alguns meses, inscrevi-me em um curso de
treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT).
Esses exercícios consistem em sessões exaustivas de 30 minutos, durante as
quais você repete uma série de exercícios intensos. É uma meia hora muito
difícil de começar e muito satisfatória quando termina – como quase tudo que
exige esforço nesta vida.
A grande dificuldade, de fato, está em fazer os
exercícios corretamente. Para acertar, geralmente tenho que perguntar onde deve
doer. Se você não os exercícios corretamente ou se você não aquecer
adequadamente, você não só não terá benefícios, como também poderá ganhar
algumas lesões.
O “músculo” da fé
Na vida, acredito que muitas vezes não percebemos
qual é o músculo principal que devemos usar – o primeiro que temos que aquecer
e flexionar, aquele que sempre nos dará força para a aula diária de treinamento
HIIT que é a vida. E esse músculo é o músculo da fé.
Para me explicar melhor, quero resumir uma história
que sempre me fascinou. É a história de um pai que desafia seu filho a mover um
obstáculo que está além de suas forças e lhe diz para fazer tudo o que puder
para conseguir. Depois de um longo tempo, durante o qual o menino tenta movê-lo
com todos os recursos que lhe vêm à mente, sem conseguir nada, ele diz a seu
pai que é uma missão impossível. Seu pai então responde: “Não, você não fez
tudo que está ao seu alcance, porque poderia ter me pedido ajuda.”
Força emprestada
Pedir ajuda, pedir a Deus que nos dê força é
realmente um grande passo para cada um de nós, porque significa reconhecer que
não podemos alcançar nossos objetivos por conta própria, com a força dos
músculos, do compromisso ou da vontade. Pode parecer que, flexionando esses
“músculos”, atingiremos nossos objetivos, mas é uma ilusão frágil.
Sem fé, sem pedir ajuda, correremos o risco de
desmaiar de exaustão; de ser oprimido por nossas responsabilidades; de ir para
a cama insatisfeito com os resultados do dia. Além disso, estaremos exaustos e
incapazes de nos recuperar das derrotas que afligem a vida de tempos em tempos.
Muitas vezes me perguntaram: “Como você faz tudo
com 12 crianças?” Se eu sei que a pessoa que está me perguntando não tem fé,
como posso dizer a ela, sem parecer irresponsável, que não faço tudo e o que o
que faço de melhor é pedir ajuda?
Força e humildade
É essa ajuda que me dá força para ler um livro
educacional interessante ou para assistir com atenção um tutorial de culinária
em larga escala, que me ajuda a ter mais tempo livre para fazer um lanche com
um dos meus filhos. Sem falar que essa grande força, obtida com grandes
colheradas de humildade, facilita todas as relações humanas, aproxima as
pessoas, perdoa os erros e aumenta o número de pessoas que se beneficiam dos
objetivos alcançados.
Por outro lado, o oposto tende a acontecer com
pessoas que acreditam que são as únicas responsáveis por seu sucesso, que pensam que são apenas o fruto de
seus próprios sacrifícios, esforços e capacidades.
Muitas vezes, essas pessoas tratam com certo desdém aqueles que não alcançaram
objetivos que considerariam fáceis.
Outro benefício da “força emprestada” é que ela
ensina a ficar de pé repetidamente. Aliás, saber disso é sempre um conforto
para aqueles que, como eu, caem a cada passo. Talvez façamos uma omelete ruim,
cometamos os piores erros de grafia ou tenhamos a infeliz habilidade de irritar
ou aborrecer entes queridos sem querer.
Confiança e fé
Entretanto, precisamos confiar que, aconteça o que
acontecer, tudo será para o melhor. Precisamos acreditar que, quando pedimos
ajuda a Deus, Ele não vai olhar para o outro lado. Só precisamos perseverar.
Por pior que sejam as coisas, por mais que erremos, temos que saber que haverá
um final feliz. Isso nos dará forças para virarmos outra página e levantarmos
no dia seguinte.
Mas será que exercitamos o músculo da fé antes de
fazermos “burpees”e enfrentarmos outras dificuldades do dia? Estamos pedindo
aquela forcinha emprestada? Por que estamos esperando para pedir ajuda?
Só assim, depois desse aquecimento, os exercícios
do nosso trabalho, dos nossos filhos, dos nossos abdominais ou das nossas
relações com a nossa sogra sairão melhores do que o esperado e sem lesões.
Fortalecemos nosso músculo mais importante todos os dias?
P.S. Na aula de HIIT, acabamos alongando uma grande parte do corpo; não há nada melhor para esticar os músculos da fé do que agradecer.
Edição Portuguese
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