Depressão: quais caminhos
seguir?
31/07/25
A depressão tem características próprias
e não deve ser confundida com um estado de tristeza
Vivemos um ritmo de atividades e de exigências numa
sociedade que cada vez mais corre por resultados e por sucesso. Num mercado de
trabalho altamente competitivo e desafiador, doenças surgem no ambiente
profissional e preocupam as organizações e a sociedade como um todo.
Uma das doenças que chamam a atenção, neste
cenário, é a depressão. Considerada uma das enfermidades que tem crescido de
forma expressiva nos últimos anos, a depressão tem características
próprias e não deve ser confundida com um estado de tristeza.
Podemos pensar na tristeza como um sentimento que
nos leva a um processo de reflexão, de estarmos quietos; sentimento manifestado
pela perda de alguém, por algo relacionado ao trabalho, pela decepção com
alguém ou a frustração de expectativas irrealizadas.
A grande diferença é que uma pessoa triste consegue
manter sua rotina diária, seu cuidado pessoal e até mesmo experimentar alegrias
que possam surgir neste período. Como fato passageiro, esse sentimento pode ser
identificado em sua origem, ou seja, conseguimos descobrir o motivo pelo qual
estamos tristes.
Sinais aparentes da
depressão
Quando falamos em depressão, os sinais aparentes de
desmotivação, desinteresse, tristeza persistente, falta de desejo de cuidar de
si e de dar seguimento às suas atividades cotidianas, bem como aquela sensação
de ver o mundo “cinza”, sem cor e sem motivos, tornam-se mais prolongados.
Nesses casos, a intervenção médica se faz necessária,
bem como o apoio psicológico para que a pessoa possa reestruturar seus
pensamentos e descobrir sua forma de lidar com a doença e com a vida. Sabemos
ainda que a espiritualidade também tem um papel importante na superação de
qualquer adoecimento, inclusive na depressão.
Não nos esqueçamos de que, muitas vezes, em nossa
família, na sociedade e entre nossos amigos ainda existe uma dificuldade de
compreender a situação pela qual uma pessoa deprimida está passando. Também
para o deprimido não é uma tarefa fácil aceitar a doença e o tratamento.
O mais importante é que os tratamentos existem, e
acreditar na superação e na melhora é um passo essencial tanto para o paciente
quanto para aqueles que convivem com ele.
Os quadros depressivos podem ter duração de alguns
meses ou serem mais persistentes; em ambos os casos, os doentes podem contar
com a ajuda especializada, a fim de que as sensações causadas pelo quadro
possam ser minimizadas e uma maior qualidade de vida possa ser obtida.
Por mais difícil que seja ou por maior que seja a
vergonha ou o sentimento que o esteja impedindo de dar passos para a cura, não
deixe de buscar ajuda.
Um amigo, um familiar, aquele médico que já conhece
um pouco de sua saúde podem ser os primeiros a quem você pode pedir
auxílio quando perceber que esse quadro de tristeza está demorando um
pouco mais para passar, dando sinais de que vão além do usual.
(via Canção Nova)
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