Siga estes 2 passos e pare de procrastinar (agora!)
07/07/25
Ao contrário do que muitos pensam, a
procrastinação não tem nada a ver com preguiça ou autocontrole
Este ano, eu sabia que era importante declarar meu
imposto de renda mais cedo. Meus filhos dependem de ajuda financeira para a
escola, e as bolsas de estudo com base em necessidades são alocadas por ordem
de chegada. Assim, quanto mais cedo eu fizesse a declaração, maiores seriam as
chances de eles conseguirem as bolsas.
Recolhi recibos das despesas de trabalho e
registrei todos os gastos. Depois, arquivei as informações necessárias. No
entanto, quando chegou o prazo final para a declaração, eu nem havia começado a
fazê-la.
Não é que eu não tenha tentado – eu entrei no site
do governo pelo menos uma dúzia de vezes. Mas sempre ficava presa em uma
pergunta que não sabia como responder ou em uma opção da qual não tinha
certeza. Era muito confuso e eu decidia perguntar a alguém sobre aquilo. Então
eu deixava o site, prometendo a mim mesma que voltaria quando tivesse a
resposta.
Esta não foi a primeira vez que procrastinei algo
importante. Tenho talento para isso (o que não é motivo de orgulho). Como a
maioria dos procrastinadores, eu sempre tive vergonha disso. Estava convencida
de que isso significava preguiça.
Mas eu não sou preguiçosa! Eu não tenho medo de
trabalhar duro – na verdade, eu aceito bem isso. Eu não fico sentada sem fazer
nada. Eu mal posso sequer assistir Netflix e relaxar em um único episódio de
American Ninja Warrior sem encontrar algo para manter minhas mãos ocupadas,
seja combinando meias ou dobrando roupas. Então, quando eu li um artigo no New
York Times explicando que a procrastinação não é um problema de autocontrole ou
gerenciamento do tempo, mas um problema de regulação emocional, eu fiquei
profundamente aliviada.
Felizmente, passei tempo suficiente em terapia para
saber o que preciso fazer para enfrentar emoções aflitivas e seguir adiante.
Claro, eu nem sempre faço essas coisas – às vezes eu desisto e deixo as emoções
me dominarem. Mas quando eu consigo olhar para o que está acontecendo, em vez
de apenas tentar evitá-lo através da procrastinação, essas duas coisas simples
são o suficiente para me colocar nos trilhos novamente:
1. Falar em voz alta
Esta é a maneira mais confiável de me libertar – e
sim, às vezes, isso me faz sentir um pouco desequilibrada. Mas na verdade é o
oposto. Falar sobre a emoção que eu estou sentido me coloca novamente em terra
firme.
No fim do prazo para declarar os impostos, eu disse
aos meus pais que eu não tinha feito a declaração porque estava sobrecarregada
pelo estresse financeiro e me sentindo indefesa. Eles não riram de mim, nem me
ridicularizaram, nem me disseram para apertar e fazer aquilo. Aquelas emoções
que pareciam estúpidas quando estavam trancadas dentro da minha cabeça não
pareciam estúpidas quando eu as dizia em voz alta. Elas eram compreensíveis. E,
uma vez que eu as admitia em voz alta, eu sabia que a única maneira de
realmente lidar com essas emoções era parar de adiar e fazer a declaração. Meus
pais nem precisaram dizer nada – eu mesmo disse.
2. Pedir ajuda
Em janeiro, meus pais me disseram para procurar uma
amiga da família, porque ela poderia me oferecer ajuda com a minha declaração.
Eu disse que procuraria, mas nunca o fiz. Eu falei para mim mesma que a
declaração de impostos era apenas mais uma coisa que eu poderia fazer… apesar
do fato de eu nunca ter feito a declaração antes. Eu realmente precisava de
ajuda, e quando eu finalmente admiti isso, percebi que eu estava com medo o
tempo todo. Com medo de ser julgada preguiçosa, inapta – medos infundados, mas
medos que me impediram de fazer uma coisa simples e indolor.
Naquela noite, meu pai sentou-se comigo e revisou todas
as minhas informações fiscais, coletando-as em um formulário para levar à amiga
da família, que é contadora. Ele foi paciente, compreensivo e encorajador. No
dia seguinte, levei todas as informações sobre impostos para a nossa amiga. Em
menos de uma hora, ela tinha terminado e a declaração estava pronta para eu
enviar.
A sobrecarga emocional que nos leva a procrastinar
é ampliada quando a mantemos presa dentro de nossas próprias cabeças. Nós não
conseguimos achar uma saída, porque parece que estamos exclusivamente aflitos
com essas emoções avassaladoras. Mas nós não estamos.
Todo mundo luta com emoções avassaladoras. Essa é
uma das razões pelas quais Cristo nos deu a regra de ouro: amar o Senhor com
todo o nosso coração, alma e mente, e amar o próximo como a nós mesmos.
A compaixão é o antídoto para as emoções difíceis
que nos mantêm presos em um só lugar. Mas antes que possamos experimentar a
compaixão dos outros, temos que ter compaixão por nós mesmos – compaixão
suficiente para saber que não somos fracassados, e que sempre podemos confiar
em Deus e na ajuda das pessoas que nos amam.
Então, da próxima vez que você notar que está
procrastinando, pegue o telefone. Ligue para um amigo, um padre ou para a sua
mãe. Diga o que está acontecendo e peça ajuda. A coisa que você está evitando
parecerá infinitamente menos imponente.
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