3 santos que souberam lidar com o burnout
29/08/25
Burnout não é fracasso. Esses santos
conheciam a exaustão. Mas eles também sabiam ouvir - seus corpos, seus corações
e Deus.
O esgotamento pode parecer uma aflição moderna –
provocada por e-mails, prazos e sobrecarga digital – mas a luta para encontrar
descanso e significado diante da exaustão não é nova. Muito antes de o termo
ser cunhado, os santos lutavam com os mesmos limites humanos que enfrentamos
hoje: fadiga mental, secura emocional e a profunda dor de se sentir
sobrecarregado.
Aqui estão três santos que não apenas sobreviveram
ao esgotamento - eles encontraram graça no meio dele. Suas histórias oferecem
mais do que inspiração: elas oferecem um caminho.
Santa
Teresa de Lisieux: A pressão para fazer tudo
Para o mundo exterior, ela parecia protegida: uma
jovem freira carmelita que nunca deixou seu convento e morreu com apenas 24
anos. Mas Santa Terezinha experimentou uma
intensa pressão interior para ser perfeita para Deus, para nunca falhar no amor
ou no sacrifício. Em seu último ano, à medida que sua tuberculose piorava, ela
lutou contra a escuridão, a dúvida e a secura espiritual. Ela descreveu sentir-se
como se estivesse em "um túnel sem luz".
Sua resposta não foi forçar mais esforço - mas cair
mais fundo na confiança. Ela escreveu: "Jesus não exige grandes ações de
nós, mas simplesmente rendição e gratidão". Seu "Little Way" -
oferecendo pequenas ações com muito amor - emergiu não da força, mas do
reconhecimento de seus limites.
Hoje, quando o esgotamento nos tenta a nos esforçar
mais ou a nos desligar completamente, Santa Terezinha nos lembra que grandes
coisas podem começar com a rendição, não com o esforço.
Santo
Inácio de Loyola: O esgotamento do grande empreendedor
Antes de sua conversão, Inácio era um soldado em busca da glória. Depois
que uma bala de canhão quebrou sua perna, ele se viu imobilizado - física e
espiritualmente. Mais tarde, enquanto vivia em uma caverna e praticava
penitências severas, ele se esforçou ao extremo, jejuando até o ponto de quase
morrer. Mais tarde, ele admitiu que era orgulho espiritual disfarçado de zelo.
Por meio dessa crise, Inácio descobriu o
discernimento: a necessidade de ouvir atentamente o que traz paz versus o que
nos esgota. Seus famosos Exercícios Espirituais nasceram de
uma profunda compreensão do esgotamento emocional e da necessidade de descansar
na vontade de Deus, não em nossa própria ambição.
Seu conselho é simples, mas revolucionário: preste
atenção ao que o drena e ao que traz alegria. Nem toda boa oportunidade é sua
vocação.
São
Benedito José Labre: O esgotamento de não se encaixar
Labre tentou - e falhou - ingressar em várias
ordens religiosas. Sua saúde era ruim, sua personalidade não se encaixava na
vida monástica e suas tentativas o deixaram desanimado e sem raízes. Em vez de
forçar um caminho que não era seu, ele se tornou um peregrino, vivendo de forma
simples e muitas vezes dormindo em igrejas.
Ele foi incompreendido, até mesmo lamentado. Mas
aqueles que o conheciam viam uma alma gentil e orante que havia encontrado paz
vivendo fora das definições de sucesso da sociedade. Hoje, ele pode ser
rotulado de "improdutivo" - mas aos olhos do céu, ele foi
profundamente frutífero.
A vida de Labre nos diz que às vezes o esgotamento
vem de nos forçarmos a papéis para os quais não fomos feitos. Seu exemplo nos
convida a honrar nosso próprio caminho único, mesmo quando parece
incomum.
Uma nota sobre Bento José Labre: O futuro Bento XVI
nasceu em seu aniversário e, portanto, tinha uma devoção especial a ele, embora
admitisse que ele é "um dos santos mais incomuns".
Aprendendo
a ouvir
Burnout não é fracasso. Esses santos conheciam a
exaustão. Mas eles também sabiam ouvir - seus corpos, seus corações e
Deus.
Eles nos lembram que o esgotamento pode ser um ponto de virada, não um ponto final. Nem tudo precisa ser consertado. Algumas coisas só precisam ser oferecidas.
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